“Abri o punho”, e agora? Mas, afinal, o que isso significa? O termo “punho aberto” é uma forma popular de expressar que alguma lesão ocorreu nessa região.

Geralmente, quando os pacientes usam essa expressão, podem estar se referindo a diversas afecções do punho, como contusões (lesões pós-traumáticas), entorse (lesões ligamentares), tendinopatias (tendinites) e lesões por esforço repetitivo.

Estes quadros podem ser desencadeados por uma série de fatores, como um grande esforço, após um trauma ou após realizar esforços repetitivos.

Quais os principais sintomas quando o paciente diz que “abriu o punho”? 

Normalmente, o paciente que diz que “abriu o punho” sente dor, inchaço, limitação dos movimentos ou da força e até formigamento ou instabilidade articular.

Além disso, geralmente, esses sintomas são piores com o movimento e costumam melhorar no repouso.

Quando é preciso procurar o ortopedista? 

Devemos ressaltar que nenhuma dor é normal. Então, sempre que apresentarmos um quadro doloroso devemos procurar um médico especialista. 

Sabemos que é muito comum o paciente colocar a munhequeira ao sentir incômodo no punho.

No entanto, o uso indiscriminado de munhequeira é contraindicado, podendo piorar os sintomas e a lesão do paciente.

O correto nesses casos é realizar repouso, alongamentos e procurar uma avaliação médica especializada.

Vale lembrar que grande parte das doenças ou lesões têm tratamento mais rápido e eficaz quanto antes forem diagnosticadas. Assim, postergar a ida ao médico pode ser prejudicial.

Como fazemos o diagnóstico para definir qual a lesão?

Para identificar o que está causando os incômodos no punho do paciente devemos analisar seu quadro clínico e história completa.

Assim, precisamos saber qual a sua profissão, se ele tem comorbidades (doenças crônicas e alergias, por exemplo), se usa alguma medicação, qual seus hobbies e se pratica alguma atividade física.

Além disso, é preciso entender quando a dor aparece, se está associada a algum movimento, se melhora ou piora durante o dia e se houve algum evento associado (trauma, mudança de função ou treino).

Após compreender essa história, examinamos minuciosamente o paciente: analisamos a pele, a presença de inchaço ou qualquer outro sinal inflamatório (como uma vermelhidão), testamos a força muscular, a amplitude de movimento, a estabilidade articular e testamos os nervos sensitivos e motores à procura de alguma anormalidade.

Após essa análise, geralmente, temos uma ideia de qual patologia estamos enfrentando e, se necessário, pedimos exames complementares, como radiografias, ultrassonografia, ressonância nuclear magnética e eletroneuromiografia. 

“Abri o punho”, como será o tratamento?

O tratamento é muito variável e depende de qual patologia o paciente tem.

Por exemplo, para traumas, devemos investigar lesões ósseas e/ou ligamentares e, em alguns casos, será necessário fazer uma imobilização ou até reparo cirúrgico.

Já em outras situações, como as lesões de esforço repetitivos, indicaremos a fisioterapia, reabilitação motora, repouso e fortalecimento muscular, sendo que todo o tratamento é individualizado.

Dessa forma, fica evidente a importância de procurar um ortopedista especialista em mão e punho ao sentir dor ou outros sintomas nesta região.

Somente assim poderemos diagnosticar e tratar devidamente o problema em questão.

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Dra Marina Justi Pisani

Formada pela Faculdade de Medicina do ABC e especializada em cirurgia de mão pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

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